Juros para Empréstimos no Brasil


Olá!

Os juros praticados no Brasil são muitas vezes mortais, inviabilizando qualquer orçamento. As taxas cobradas no cheque especial e no cartão de crédito para pagamentos em atraso multiplicam a dívida várias vezes ao longo do ano. No final de 2018 os juros médios do cartão de crédito se aproximaram dos 300% ao ano.

Mesmo com algumas mudanças ocorridas em abril de 2017 no rotativo do cartão de crédito, as taxas continuam absurdas nos processos de renegociação. Além disso, tem instituição que ainda cobra quase 500% de juros anuais no cheque especial e 800% no cartão de crédito.

Mas esses valores astronômicos não se limitam ao cheque especial e ao rotativo do cartão de crédito. No final de setembro de 2018, os juros do crédito pessoal não consignado variavam de 17,44% a 1.372,71% ao ano. Considerando essa última taxa, uma dívida de R$ 500,00 se transformaria em R$ 7.363,55 ao final do primeiro ano e em R$ 108.443,74 depois de dois anos.

É preciso ter consciência sobre os juros praticados em nosso país para evitar ao máximo pagar caro pelo crédito. Uma taxa mensal de 5,95% ao mês dobra o valor da dívida em um ano. Já uma taxa de 3,44% eleva a dívida em 50% no mesmo período. Para os padrões brasileiros juros em torno de 1,5% ao mês para um empréstimo pessoal seriam considerados muito baixos, apesar de aumentar a dívida em quase 20% ao ano.

As menores taxas ocorrem quando são dadas garantias às instituições financeiras. Isso acontece quando o empréstimo é descontado direto na folha de pagamento, que são os consignados, onde em tese o banco tem a garantia de que o cliente não terá como deixar de pagar a prestação. Outra forma de obter menores taxas é através de financiamentos, quando um bem físico é disponibilizado, como um veículo ou um imóvel. Essas são as menores taxas, mas ainda assim poderá significar um mau negócio.

Entretanto, para quem já está endividado, desses últimos tipos de empréstimo pode surgir uma oportunidade de garantir uma taxa interessante para renegociar todas as dívidas de uma vez, substituindo-as por apenas uma, pagando juros mais baixos. No caso de servidores públicos que já possuem empréstimos consignados vale a pena, inclusive, pesquisar outros bancos que queiram refinanciá-los em melhores condições e fazer a portabilidade das dívidas. Para quem tem um carro, uma casa ou um apartamento quitado pode ser interessante fazer o refinanciamento com o objetivo claro de quitar as dívidas e se manter dentro de um planejamento inteligente.

Contudo, todo cuidado é pouco na hora de refinanciar um imóvel. Se você pegar mais dinheiro do que o necessário e gastar como vinha fazendo antes de se organizar acabará perdendo este bem no futuro. Outro risco é negociar com um imóvel ainda não quitado porque tentarão te convencer a refinanciar comprando a dívida a juros mais elevados do que os do seu atual financiamento, o que será desvantajoso do ponto de vista dos juros e do Custo Efetivo Total, que também engloba taxas e impostos, que serão cobrados novamente.

Breno Medeiros

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